Uma criança recém-nascida do sexo feminino foi encontrada abandonada às margens da rodovia BR-316, na manhã de sábado (19/10), nas proximidades do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na circunscrição do município de Nova Olinda do Maranhão. A criança foi encontrada por um andarilho que caminhava pela rodovia e parou quando ouviu um choro distante e abafado, segundo seus relatos, ao que procurou saber do que se tratava, quando se deparou com a criança enrolada em panos. Uma enfermeira que trabalha nas cidades de Araguanã e Nova Olinda passava no local e ao ver o andarilho com a criança resolveu parar para saber do que se tratava, quando tomou conhecimento da situação e de pronto tratou de prestar socorro à recém-nascida, que inicialmente foi levada para o Hospital de Nova Olinda, onde recebeu os primeiros socorros, em seguida foi encaminhada para o Hospital Regional de Zé Doca, de onde fora transferida para o Hospital da Criança em São Luís, onde permanece internada e em incubadora.
De acordo com os profissionais da área de saúde que prestaram o atendimento inicial, a criança teve nascimento prematuro, com estimativa de apenas 26 semanas de gestação e os indícios eram de que a mesma tinha poucas horas de nascida, pois ainda estava com restos de placenta e sangue pelo corpo.
O Conselho Tutelar de Nova Olinda, a Polícia Civil e o Ministério Público de Santa Luzia do Paruá foram imediatamente acionados e estão acompanhando o caso, inclusive para assegurar a pronta recuperação e salvamento da criança, cujo quadro de saúde é considerado grave e inspira cuidados especiais.
A própria enfermeira que prestou o socorro inicial se disponibilizou a acompanhar a transferência da criança até São Luís, como de fato o fez, em um ato de humanidade, desprendimento pessoal e profissional. Apesar da nobreza do seu ato, para a surpresa da Polícia Civil que vinha monitorando toda a situação juntamente com o Ministério Público, ao ser atendida por uma Assistente Social no Hospital da Criança, a enfermeira chegou a repreendida de uma forma travestida de uma verdadeira ameaça de prisão, por supostamente não ter atendido com rigidez uma regulamentação afeta ao registro de recém-nascidos, o que sem dúvida se revelou despropositado diante do foco maior que era preservar a saúde e vida da criança.
No curso da semana será instaurado procedimento policial na Delegacia de Santa Luzia do Paruá, para apuração das responsabilidades criminais da genitora e eventuais partícipes. Ainda não foi possível identificar a mãe da criança, mas as investigações já estão em curso para essa finalidade. A Delegacia de Santa Luzia do Paruá pede que quem tiver informações a respeito que faça a denúncia diretamente na Delegacia, no Ministério Público ou no Conselho Tutelar ou ainda que use os serviços de disque-denúncia disponíveis gratuitamente através de um dos números (98) 3223-5800, 0300.3135800, (98) 99224-8660 (WhatsApp) e o “Disque 100”. Em quaisquer das opções é assegurado a preservação do anonimato da fonte.
Fonte: Delegacia de Santa Luzia do Paruá/MA
Comentários
Postar um comentário