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Liberação das apostas esportivas promete movimentar os clubes de futebol do Brasil


Com a aprovação da lei 13.756/18 promulgada pelo ex-presidente Michel Temer, no final de 2018, sites de apostas esportivas agora podem patrocinar clubes brasileiros. 
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma séria crise econômica. Com a chegada de um novo governo, a expectativa é por novas medidas para retomar a economia e avançar com o crescimento do país. Por conta disso, cortes estão acontecendo e afetando diversos setores, inclusive o esportivo. Ainda no final de 2018, a Caixa Econômica Federal, uma das maiores patrocinadoras dos clubes de futebol do Brasil, anunciou que, em 2019, não continuaria os contratos de patrocínio com cerca de metade dos times da Série A, atingindo o orçamento de aproximadamente 25 clubes. Segundo o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, os recursos, que antes eram aplicados em patrocínio de clubes esportivos, podem ser melhor aproveitados em outras frentes. Vale ressaltar que no último ano, a Caixa injetou no futebol brasileiro um valor no em torno de R$ 191,7 milhões, segundo levantamento realizado pelo Diário Oficial.
Em contrapartida, outra decisão do Governo Federal, que também aconteceu no final de 2018, promete ser a esperança para manter o orçamento dos times dos campeonatos de futebol do país: a aprovação da lei 13.756/18, pelo ex-presidente Michel Temer, que regulariza as apostas esportivas e, consequentemente, os patrocínios esportivos.  Vale ressaltar que a regulamentação dessa lei ainda tem o prazo de dois anos (prorrogáveis por igual período) para que o Ministério da Fazenda regulamente o sistema de apostas esportivas no país. Com isso, empresas do ramo, como sites de apostas online, poderão investir nos times de futebol do Brasil, expondo suas marcas nas camisas das equipes, entre outros.
Na verdade, a atuação de sites de apostas no Brasil não era uma prática ilegal, já que a lei que proibiu os jogos e cassinos no país, assinada em 1946, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, não se referia à internet. Mas a medida de Temer trouxe regulamentação para o tema.
Realidade no exterior
Na Europa, o patrocínio de clubes de futebol por casas e sites de apostas já é uma realidade entre os grandes times. Na Premier League, por exemplo, quase metade dos clubes contam com o aporte de empresas desse ramo. Mesmo times como Manchester City, Manchester United e Liverpool, que não costumam colocar o nome de seus patrocinadores em suas camisas, utilizam outros meios para divulgar os parceiros.
Com a aprovação da Lei brasileira, alguns times já estão aproveitando a nova realidade para manter o orçamento em dia. Recentemente, o Corinthians, um dos maiores clubes do Brasil, anunciou acordo de 21 meses com a MarjoSports Live Score, startup de tecnologia voltada para apostas esportivas.  De acordo com o contrato de marketing, a empresa passa a integrar as mangas da camisa do Timão, sendo um dos primeiros patrocínios de um site de apostas em clubes de futebol do país após a decisão de 2018.
No quesito, quem largou na frente dando aporte a clubes do futebol brasileiro, sendo a primeira empresa de apostas esportivas online a fechar contrato de marketing com times locais, foi a Netbet, que está dando aporte financeiro ao Fortaleza e ao Vasco da Gama. Na Europa, a marca é responsável por patrocinar times como o West Bromwich Albion, da Inglaterra, e o Saint-Étienne, da França. Além dos clubes nacionais já citados, o Cruzeiro fechou parceria com o site de apostas PMU Brasil e o Vitória da Bahia acaba de assinar com o portal Casa de Apostas.
A era de ouro dos patrocínios nos anos 90
Durante os anos 90, o mercado do futebol brasileiro viveu um verdadeiro boom de patrocínio por grandes marcas, levantando fundo para os times e impulsionando os campeonatos do país. Uma das parcerias mais marcantes da época foi entre a Parmalat, famosa empresa do ramo alimentício, e o Palmeiras. O acordo assinado em 1992 permitiu ao time as conquistas de dois campeonatos brasileiros (1993 e 1994), dois torneios Rio-São Paulo (1993 e 2000), três títulos paulistas (1993, 1994 e 1996), a Copa dos Campeões e a Copa Mercosul (1998), além da Copa Libertadores (1999). Atualmente, o alviverde conta com o aporte da empresa de crédito pessoal, Crefisa.
Outro time que fez sucesso com patrocinadores na época foi o Corinthians. No final dos anos 90, o clube fechou parceria com banco Excel-Econômico, fortalecendo o elenco do time com nomes como Túlio, Donizete, Antonio Carlos, Gamarra e André Luiz. Nesta época, o Timão conquistou o título estadual. Mas, em 1998, a parceria foi encerrada quando o banco foi vendido a uma instituição espanhola. Na sequência, o Corinthians fechou com o fundo norte-americano Hicks, Muse, Tate & Furst, de olho na disputa do Mundial de Clubes de 2000. Com um investimento previsto de mais de R$ 50 milhões, o clube trabalhou com atletas como Vampeta, Edílson e Luizão, conquistando o Brasileirão de 1999 e o Mundial de Clubes de 2000.
A vez dos sites de aposta
Após a crise dos últimos anos, o modelo de patrocínio por grandes marcas teve uma queda considerável nos times nacionais. Mas, de agora em diante, com a conclusão do processo de regulamentação da lei 13.756/18, que aprova as apostas esportivas, a expectativa é de que diversas empresas internacionais atuantes no ramo de apostas passem a investir nos clubes brasileiros. O potencial de patrocínio no futebol nacional é imenso. Especialistas apontam que já no início, o aporte pode gerar mais de R$ 6 bilhões em receitas.


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