Hospitais públicos e particulares têm recebido com muita frequência vários casos de pacientes com o problema e que se automedicam; uso prolongado de colírio antinflamatório é perigoso

SÃO LUÍS - “Coçar os olhos ainda é a principal causa de conjuntivite em São Luís”, disse o oftalmologista Marcelo Leão, frisando que o surto que se instala na capital maranhense se deve, principalmente, à falta de cuidados com higiene das mãos.
Hospitais públicos e privados têm recebido muitos casos de pacientes com a doença. O Estado visitou alguns para verificar os principais problemas enfrentados para o tratamento e os principais cuidados para se evitar a conjuntivite.
Hospitais públicos e privados têm recebido muitos casos de pacientes com a doença. O Estado visitou alguns para verificar os principais problemas enfrentados para o tratamento e os principais cuidados para se evitar a conjuntivite.
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Cansaço, choro, sono, excesso de fumaça e poluição estão entre diversos causadores de vermelhidão nos olhos. Embora as condições possam parecer rotineiras, a irritação constante na área pode ser indicativa de conjuntivite alérgica, reação frequentemente associada à rinite.
A pediatra Luciana Costa, do Hospital da Criança de São Luís, comentou sobre o número de casos. “A maioria das crianças são levadas pelos pais para o primeiro atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento [UPAS], onde existem os ambulatórios. Sempre é importante lavar os olhos com soro fisiológico e nunca usar colírios que outros indiquem, porque pode não fazer bem para a criança”, comentou.
Automedicação
O uso prolongado de colírio antinflamatório é perigoso, porque a fórmula pode conter corticoide, que aumenta o risco de surgir catarata e glaucoma. Os antinflamatórios não hormonais que são livres de corticóide podem desencadear alergia severa em pessoas com predisposição a reações alérgicas.
O uso prolongado de colírio antinflamatório é perigoso, porque a fórmula pode conter corticoide, que aumenta o risco de surgir catarata e glaucoma. Os antinflamatórios não hormonais que são livres de corticóide podem desencadear alergia severa em pessoas com predisposição a reações alérgicas.
A conjuntivite mal tratada pode reincidir de forma mais grave e predispor à ceratite, inflamação da córnea. Já as alergias oculares podem progredir para ceratocone, doença que afina e deforma a córnea apontada pelo médico como a maior causa de transplante no país.
Miguel Aragão, clínico-geral da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Luizão, ressaltou que os casos têm sido muito frequentes. “Muitas pessoas aparecem diariamente para atendimento por conta de problemas nos olhos. Algumas delas cometem o erro de se automedicar, o que é um problema por conta do risco de a medicação errada causar danos ainda maiores”, relatou.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito no consultório, com base na observação completa dos olhos e da análise do histórico do paciente. Nesse caso, o teste com antígenos inalantes é um exame complementar útil para confirmação.
Outro fator que contribui para os problemas de saúde ocular é a infecção viral causada pelo adenovírus, que provoca gripe e infecções respiratórias. O paciente fica com baixa imunidade, o que permite o surgimento de doenças como a conjuntivite.
O primeiro passo do tratamento é o afastamento completo do agente alérgeno, ou seja, o fator que está provocando alergia. O paciente deve evitar o acúmulo de pó em cortinas, carpetes, tapetes e bichos de pelúcia. Lavar o olho com soro fisiológico e fazer compressas geladas aliviam a coceira.
Para evitar as alergias, sugere-se lavar as cobertas e agasalhos que estejam guardados antes de usar. Além disso, sempre manter janelas abertas durante um período do dia para fazer a ventilação da casa. Outra medida eficaz é sempre lavar as mãos e evitar levá-las no nariz, na boa e nos olhos.
SAIBA MAIS
O QUE É?
A conjuntivite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da conjuntiva, causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. A conjuntiva é a membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra. A conjuntivite viral é altamente contagiosa, freqüente no verão, e apesar de não ser grave provoca muito incômodo e alguns cuidados devem ser tomados para que não se transforme em epidemia.
SINTOMAS
Os principais sintomas da conjuntivite são:
Olho vermelho e lacrimejante;
Inchaço nas pálpebras;
Intolerância à luz;
Visão embaçada;
Visão borrada.
Olho vermelho e lacrimejante;
Inchaço nas pálpebras;
Intolerância à luz;
Visão embaçada;
Visão borrada.
PREVENÇÃO
É difícil prevenir-se das conjuntivites, mas algumas medidas podem diminuir o risco de você adquirir uma conjuntivite, que são:
Não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas).
Evite compartilhar toalhas de rosto.
Lave as mãos com frequência e não coloque-as nos olhos.
Use óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos
Não use medicamentos (pomadas, colírios) sem prescrição (ou que foram indicados para outra pessoa).
Evite nadar em piscinas sem cloro ou em lagos.
Não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas).
Evite compartilhar toalhas de rosto.
Lave as mãos com frequência e não coloque-as nos olhos.
Use óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos
Não use medicamentos (pomadas, colírios) sem prescrição (ou que foram indicados para outra pessoa).
Evite nadar em piscinas sem cloro ou em lagos.
EVITAR PROPAGAR
Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar a propagação da conjuntivite viral:
Lave suas mãos com frequência.
Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.
Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.
Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas.
Ao usar, não encoste o frasco do colírios ou da pomada no olho.
Evite a exposição à agentes irritantes (fumaça) e/ou alégenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite.
Não use lentes de contato se estiver usando colírios ou pomadas.
Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite;
Evitar piscinas
Lave suas mãos com frequência.
Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.
Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.
Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas.
Ao usar, não encoste o frasco do colírios ou da pomada no olho.
Evite a exposição à agentes irritantes (fumaça) e/ou alégenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite.
Não use lentes de contato se estiver usando colírios ou pomadas.
Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite;
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