O programa de governo de Marina Silva (Rede) tem um compromisso com o ativismo LGBT para o caso de ela ser vencedora das próximas eleições presidenciais.
Essa será a terceira eleição que Marina Silva disputa como candidata à presidência da República. Em 2014, quando substituiu Eduardo Campos (PSB) – morto em um acidente aéreo – Marina Silva se mostrou dividida sobre os compromissos assumidos pela chapa com os ativistas, e depois de uma crítica pública do pastor Silas Malafaia, os tópicos que envolviam as demandas LGBT foram suprimidos do programa.
Agora, Marina Silva – que é evangélica e membro da Assembleia de Deus – adotou um comportamento diferente, de acordo com informações do jornalista Athos Moura, colaborador da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.
“Marina Silva assinou hoje, no Rio de Janeiro, uma carta em que se compromete a assegurar direitos para os LGBTIs em seu programa de governo. A carta foi entregue à ela por Eliseu Neto e Jobson Carmargo, integrantes da Aliança Nacional LGBTI, organização que elaborou o documento”, informa Moura. “Entre os pontos abordados estão o casamento de pessoas do mesmo sexo, adoção, herança e previdência”, acrescenta.
A união de pessoas do mesmo sexo vem sendo realizada a partir de um precedente aberto por uma decisão do Supremo Tribunal Federal. No entanto, a legislação ainda não foi alterada pelo Congresso Nacional, o que é visto pelos ativistas como um “vácuo” jurídico.
O gesto de Marina Silva em assinar um compromisso com a militância LGBT é um sinal claro de seu compromisso com a agenda progressista, já que ela se posicionou pessoalmente contra o aborto, mas afirmou que compreende que as pessoas queiram que “ninguém possa ter uma gravidez indesejada“, deixando espaço para uma mudança na lei.
Outro ponto é sua oposição radical ao conservador Jair Bolsonaro (PSL), a quem descreveu como representante do “lado escuro da força“: “Um candidato de cunho populista, com viés autoritário muito forte, que não respeita Direitos Humanos, as minorias, e não respeita a própria democracia, muito embora usufrua dela para defender suas ideias antidemocráticas”, afirmou.
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